domingo, 21 de janeiro de 2018

Alma e Espírito

Alma e espírito são frequentemente usadas para se referir à mesma coisa, quando as Escrituras falam da parte não física do homem, em contraste com seu corpo. Dependendo da ênfase, às vezes a palavra "alma" pode ser usada, e em outras vezes a palavra "espírito". Em 2 Pedro 2:8, lemos que "[Ló] afligia todos os dias a sua alma justa", enquanto em 1 Samuel 30:12, no que diz respeito ao servo de um amalequita, as Escrituras dizem: "E comeu, e voltou-lhe o seu espírito". Assim, enquanto as Escrituras fazem distinção entre eles, a alma e o espírito nunca se separam -- pelo contrário, um é a parte mais elevada do outro. Como a parte mais inferior do ser imortal do homem, a alma está conectada aos seus apetites e emoções -- aquilo que faz cada um de nós um indivíduo, distintos uns dos outros na personalidade. Por exemplo, o Salmo 107:9 nos diz: "Pois fartou a alma sedenta, e encheu de bens a alma faminta". O espírito, por outro lado, é a parte mais elevada do ser humano. Tem mais a ver com a consciência inteligente ativa, e inclui a parte do homem que é consciente de Deus. No crente, o espírito é frequentemente conectado ao Espírito Santo que habita nele, e que age em seu espírito para produzir atividades adequadas para nossa nova vida em Cristo. Assim lemos em Romanos 8:16 que "o mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus".

Muito mais poderia ser dito sobre este assunto, mas o espaço não nos permite entrar em tudo o que as Escrituras nos dão no que diz respeito à alma e ao espírito do homem. Para uma consideração mais detalhada do assunto, sugerimos ao leitor dois excelentes panfletos: "Body, Soul, and Spirit", de J. R. Gill, e "Man: A Tripartite Being composed of Spirit, Soul, and Body", de H. C. A.*

{* Disponível em Bible Truth Publishers, 59 Industrial Rd., Addison, IL, U.S.A. 6010. E pela Web: Link 1, Link 2.}

O Corpo

Esses versículos (na seção anterior) nos dizem claramente que o homem é um ser tripartido, composto de espírito, alma e corpo. O corpo é a parte física, ou material, de seu ser, enquanto sua alma e espírito são a parte espiritual, ou não física, do homem. Esta mesma verdade permeia toda a Palavra de Deus e é também encontrada no Antigo Testamento. Diferentes palavras são usadas, tanto no Hebraico quanto no Grego, para distinguir "alma" e "espírito". Criaturas no reino animal possuem corpo, e em um certo sentido também possuem alma, pois uma "alma vivente" (Gênesis 1:22, etc.) é qualquer coisa que vive pelo sangue e respira. Assim, no dilúvio, na época de Noé, as Escrituras dizem que "tudo o que, em cujas narinas, havia o fôlego de vida... morreu" (Gênesis 7:22, versão King James). Mas enquanto os animais são almas viventes, eles não foram criados pelo sopro de Deus neles, o fôlego da vida, como é dito do homem (Gênesis 2:7). Esta é uma imensa diferença e claramente marca o homem como um ser distinto da criação animal inferior. Às vezes, a alma é chamada de "homem interior" (Romanos 7:22, etc.), distinguindo-a do corpo, o "homem exterior" (2 Coríntios 4:16). A alma do homem é imortal, como é claramente visto no caso do homem ímpio no hades após a morte, em Lucas 16. Assim, as Escrituras falam de "vossos corpos mortais" (Romanos 8:11), em contraste com a alma, que é imortal.

As Escrituras nos dizem no Salmo 139:14 que somos "de um modo assombroso, e tão maravilhoso... feitos". As seguintes observações nos mostram algo sobre a magnitude e maravilha da formação do corpo:
"Cada pessoa, no momento da concepção, começa a vida como uma única célula. Como essa célula sabe o que fazer para construir um corpo composto de trilhões de células individuais de diferentes tipos e funções? A maioria das crianças na escola conhecem a resposta: impressas naquela célula original estão as instruções para a construção e operação do corpo humano -- instruções que serão seguidas infalivelmente. O DNA replica esse plano em cada célula produzida. E cada célula, maravilhosamente, saberá que parte dessas instruções seguir.

"A criança que vai à escola hoje também sabe que o DNA tem uma incrível capacidade de guardar informações. A informação contida em DNA do tamanho de um alfinete encheria uma pilha de livros 500 vezes mais alta do que a distância da terra à lua! [Isto seria uma pilha de 120 milhões de milhas de altura!] Seriam necessários dezenas de milhares de computadores comuns para armazenar e processar essa quantidade de dados.

"Mas a aula de DNA vai muito além... As três bilhões de letras químicas [no genoma humano] expressam a informação em uma linguagem que deve ser lida para ser utilizável! Uma linguagem necessariamente envolve ideias enquadradas em regras gramaticais e pode ser criada e expressa apenas pela inteligência...

"Uma linguagem expressa pensamentos -- e pensamentos não são físicos! Eles podem ser articulados de forma física, tais como por meio de sons, palavras ou sentenças em uma página ou por meio das letras químicas do DNA. Obviamente, no entanto, os pensamentos transmitidos pela linguagem são independentes do material sobre o qual eles são expressos. Uma sentença pode ser escrita em papel, madeira, areia, em um chip de computador, ou em uma fita de áudio, mas nenhuma dessas originou a mensagem. Deve haver uma fonte inteligente e não física, que seja independente dos meios físicos de armazenamento de comunicação."*
{* Hunt, Dave, The Berean Call, January, 2001. (P.O. Box 7019, Bend, OR), pg. 1}
 
O corpo humano é extremamente complicado, e talvez nada nele seja tão complicado como seu cérebro. Este é o órgão no qual todas as funções do corpo são coordenadas, sejam voluntárias ou involuntárias. Além disso, todo o processo de pensamento deve ser mediado pelo cérebro, e a memória deve ser armazenada ali. Qualquer lesão no cérebro pode causar efeitos profundos, não somente nas funções corporais e processos de pensamento, mas também na personalidade da pessoa. Embora o cérebro seja o assunto de muito estudo e pesquisa, é ainda pobremente compreendido.

No entanto, o homem não é constituído apenas de corpo, como vimos, mas também de alma e espírito. Vejamos o que as Escrituras dizem sobre eles.

A Natureza do Homem

Ao discutirmos sobre a doença mental, é bom termos um entendimento do homem e de sua natureza, como nos é ensinado na Palavra de Deus. É porque o homem é um ser tão complexo que a doença mental é tão complicada. Dois versículos nas Escrituras que nos dizem claramente do que é constituído o homem são encontrados em 1 Tessalonicenses 5:23 e Hebreus 4:12:
"E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo" (1 Tessalonicenses 5:23)

"A palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração" (Hebreus 4:12)

Conclusões Finais

Seção 4


Ao fazermos algumas observações finais, lembremo-nos de várias coisas. Primeiramente, vamos enfatizar novamente que Deus permitiu as doenças mentais na vida dos crentes, assim como Ele permitiu as doenças físicas. Muitas vezes, Sua graça é demonstrada mais na superação de tais problemas do que se nunca tivéssemos experimentado tais dificuldades. As palavras de um poema me vêm a mente:
"Muitos e muitos, como um menestrel arrebatador
Em meio àquelas cortes de luz
Dirão de sua mais doce música:
'Aprendi isso na noite!'

"E muitos, em uníssono canto
Que enche a casa do Pai
Clamaram em suas primeiras provas
Sob a sombra de um cômodo escuro."*
{* Tradução livre.}

Quantos já desfrutaram de hinos como os de William Cowper, cujo nome já mencionamos. E tais hinos foram escritos sob a experiência da doença maníaco-depressiva. Quantos santos de Deus já sofreram sob sérias dificuldades, e ainda assim encontraram, na graça de Deus, suficiência para ajudá-los a superá-las, e levaram consigo um testemunho brilhante, apesar de todos esses problemas!

Em segundo lugar, lembremo-nos que "as coisas que se veem são temporais" (2 Coríntios 4:18), e que "a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente" (2 Coríntios 4:17). As dificuldades desta vida podem parecer, às vezes, esmagadoras, mas o crente pode enxergá-las, todas, na luz da eternidade. Tais coisas não são apenas temporais, mas, como nosso versículos nos diz, operam por nós um peso eterno de glória muito mais excelente. Sem dúvida, há tempos em que são grandes as dificuldades, mas se elas são aceitas como vindas do Senhor, e que podem ser retiradas através dEle, elas podem produzir um eterno peso de glória. Apenas nesta vida podemos aprender que Deus é o Deus de todo a consolação, o Deus de todo encorajamento, e o Deus que pode nos dar a graça para passar pelas mais difíceis circunstâncias. Não podemos aprender tais coisas no céu, pois não haverá nada lá pelo que precisaremos de consolação ou encorajamento. Podemos ter tais experiências apenas aqui embaixo, e ainda assim o peso de glória aqui operado por nós é eterno.

Vamos fechar com uma citação de C. H. Mackintosh:
"Observe aquela silhueta arqueada e atrofiada, aquele corpo arruinado pela dor e exaurido pelos anos de sofrimento pungente. É o corpo de um santo. Quão humilhante é vê-lo assim! Sim, mas espere um pouco. Basta apenas trombeta soar e, em um instante, aquela estrutura pobre e decadente será transformada e feita semelhante ao corpo glorificado do Senhor que virá.

"E ali, naquele sanatório para doentes mentais, está um pobre paciente. Ele está ali há anos. É um santo de Deus. Quão misterioso é isso! É verdade, não podemos compreender tal mistério, está além do estreito alcance de nossa compreensão. Mas assim é, aquele pobre paciente é um santo de Deus e herdeiro da glória. Ele também ouvirá a voz do arcanjo e a trombeta de Deus, e deixará sua enfermidade para trás para sempre, ao subir para o céu, em seu corpo glorificado, para encontrar o Seu Senhor que vem. Oh! Que momento radiante! Quantos leitos de enfermos ficarão vagos então! Que mudanças maravilhosas acontecerão! Como o coração é cativado por tal pensamento e anseia cantar, em coro, o belo hino:

"Cristo, o Senhor, sim, voltará,
Ninguém O aguardará em vão:
Então Sua glória mostrará:
Com Ele os santos estarão.

"Quando o arcanjo a voz soar,
Os que já dormem ouvirão,
E, ressurretos, vão cantar
Louvores, em adoração.

"'Este é o nosso Redentor!'
As hostes todas clamarão:
'A Ele seja o louvor
E universal adoração!'"

(Hino #266 do Hinário Little Flock)

{* Mackintosh, C. H., "A Vinda do Senhor". Acervo Digital Cristão, pp. 28-29. Disponível em http://acervodigitalcristao.com.br/livros/a-vinda-do-senhor/ }

Medicação

Já aludimos ao uso de medicamentos em nossa discussão sobre o psiquiatra. Notamos que houve uma tremenda proliferação de drogas (remédios) psicotrópicas durante os últimos cinquenta anos. Vimos que, apesar de não entendermos totalmente o modo de ação da maior parte das drogas psicotrópicas, ainda assim eles fizeram uma grande diferença no tratamento da doença mental. Kay Redfield Jamison, uma autora com distúrbio bipolar de cujo livro já citamos anteriormente, faz a seguinte declaração sobre ela mesma e sua condição:
"Eu muitas vezes me perguntava se, dada a escolha, eu escolheria ter a doença maníaco-depressiva. Se o lítio não estivesse disponível para mim, ou não funcionasse para mim, a resposta seria um simples 'não' -- e seria uma resposta atormentada pelo terror. Mas o lítio funciona para mim, e, portanto, suponho que eu possa falar sobre essa questão."*
{* Jamison, Kay Redfield, An Unquiet Mind. (Alfred A. Knopf, New York, 1995), pg. 217}

Notamos que, antes do desenvolvimento das drogas psicotrópicas, a maioria dos pacientes com doença mental séria passavam sua vida em instituições, virtualmente prisioneiros de sua condição. A descoberta das drogas que podem ajudar os indivíduos a controlar seu comportamento têm sido um fator importante na habilitação dessas pessoas para viverem e exercerem, em geral, suas funções no mundo. 

Nos apressamos em acrescentar que as drogas não foram o único fator nessa mudança. Juntamente com o desenvolvimento das drogas psicotrópicas, houve uma atitude de mudança no que diz respeito à doença mental. Tais coisas como a apreciação dos efeitos regressivos das instituições, um aumento da consciência social, e o aumento da comunidade psiquiátrica, ajudaram a facilitar a integração do paciente doente mental de volta à sociedade. No entanto, continua claro que, sem o uso de drogas psicotrópicas, muitas dessas pessoas veriam ser impossível exercer suas funções fora de uma instituição por qualquer período de tempo.

Qual, então, deveria ser a atitude do crente no que diz respeito a tais medicamentos? Alguns sentem que, uma vez que o Senhor somente pode curar, e uma vez que Deus disse: "A Minha graça te basta", então deveríamos deixar de lado o uso de medicamentos, contando com o Senhor e Sua graça somente. Outros podem sentir que, uma vez que já tomaram medicamentos, eles pode confiar neles e não precisam se preocupar sobre qualquer possível dimensão espiritual em sua doença. Posso sugerir novamente que ambos os extremos estão errados?

No Antigo Testamento, quando o rei Ezequias estava seriamente doente, Deus enviou o profeta Isaías a ele com a mensagem: "Eis que eu te sararei; ao terceiro dia subirás à casa do Senhor" (2 Reis 20:5). Claramente, foi o poder do Senhor que realizou a cura, ainda que, ao mesmo tempo, Isaías dissera a Ezequias: "Tomai uma pasta de figos. E a tomaram, e a puseram sobre a chaga; e ele sarou" (2 Reis 20:7). Novamente, no Novo Testamento, Paulo pôde pedir a Timóteo: "Não bebas mais água só, mas usa de um pouco de vinho, por causa do teu estômago e das tuas frequentes enfermidades" (1 Timóteo 5:23).

Em ambos esses casos, é definitivamente o Senhor que está no controle de nosso corpos e nossas enfermidades, como evidenciado em Suas palavras a Ezequias através do profeta: "Eu te sararei". Do mesmo modo, em ambos os casos, foi dada instrução para usarem de meios disponíveis para tratar o problema. Assim, hoje, deveríamos confiar no Senhor e olharmos primeiramente para Ele para nossas doenças mentais, assim como físicas, para que finalmente Ele possa nos ajudar a descobrirmos as várias causas, e a razão pela qual Ele as permitiu. No entanto, não é errado usar esses remédios que Deus permitiu que o homem descobrisse, como vemos nos exemplos que mencionamos.

Há alguns queridos crentes que precisam de medicamento para manterem-se mentalmente "em equilíbrio", assim como um epilético precisa de medicamentos para evitar que tenha convulsões. Assim também, aqueles que se encontram em dificuldades sérias sem uma dose regular de uma droga psicotrópica que os ajude a exercer normalmente suas funções deveriam aceitá-la, e serem gratos de que elas lhe estão disponíveis. Não é um sinal de fraqueza ou de falta de espiritualidade maior tomar esses remédios do que é alguém com insuficiência cardíaca tomar seus digitálicos e diuréticos (pílula de água).

Por outro lado, sabedoria é necessária aqui, pois, às vezes, nós, como crentes, podemos usar a medicação como uma muleta, quando o que realmente é necessário é que lidemos com a raiz do problema. Certamente cada indivíduo e cada doença mental é diferente, e deve ser avaliada e tratada diante do Senhor, levando em consideração cada aspecto.

Psicólogo ou Pastor

Na essência, afinal, se tivermos dificuldades que não são tão férias a ponto de precisarmos de ajuda médica, então é melhor nos colocarmos de joelhos com a Palavra de Deus diante de nós, e pedir ao Senhor por Sua ajuda para superar a dificuldade. Se for necessária mais ajuda, talvez um crente piedoso, disposto a ouvir e oferecer sugestões, possa ser encontrado. Certamente um psicólogo que não seja crente teria grande dificuldade em avaliar, por exemplo, uma família cristã disfuncional, e dar conselhos adequados. Embora ele possa ser capaz de fazer boas observações, seu tratamento seria sempre baseado em sabedoria humana, e não na Palavra de Deus. Certamente esta é uma área onde nós, como crentes, tenhamos talvez falhado muito seriamente, pois, como já discutimos, há uma grande necessidade de pastores no verdadeiro sentido da palavra. Quão grande necessidade há daqueles que adentram nos problemas e dificuldades de outros crentes, demonstrando simpatia e compaixão, e ainda sendo capazes de oferecer uma "palavra oportuna"!

Em Efésios 4:11, pastores e mestres (doutores) são colocados juntos, demonstrando que as características de ambos são desejáveis na mesma pessoa. Alguém não pode ser um mestre eficaz a menos que saiba como dar aconselhamento sólido e bíblico. Tais indivíduos são muito raros, mas muito necessários na igreja hoje. Se mais crentes com corações de pastor estivessem disponíveis para fazer essa que, muitas vezes, é uma obra pela qual não se recebe a devida gratidão, talvez não veríamos tantos santos tendendo a procurar psicólogos e outros profissionais.

Consideremos, agora, um aspecto final da doença mental e maiores detalhes.

domingo, 14 de janeiro de 2018

Psicologia

Mais uma vez, abordamos o assunto com certa hesitação por causa das fortes opiniões mantidas por muitos crentes sobre o assunto. Livros como A Sedução do Cristianismo, de Dave Hunt e T. A. McMahon, e Psychoheresy ("Psicoheresia", não disponível em língua portuguesa), de Martin e Deidre Bobgan são implacáveis em sua condenação da psicologia como é praticada hoje, e alertam os crentes contra ela nos termos mais fortes possíveis. Tendo lido ambos os livros e outros como eles, tenho a dizer que esses alertas são necessários, pois algumas coisas que eles falam são verdadeiras. Sem dúvida muito do criticismo deles decorre do fato de que a psicologia moderna tende a adotar uma visão humanística e de "nova era" do homem e de seu comportamento, e deixa de lado a Palavra de Deus como a única verdadeira autoridade nas questões morais e espirituais que são abordadas. Tendo dito isto, é também minha opinião que muito desse criticismo, particularmente do ponto de vista dos Bobgans em Psychoheresy, é desequilibrado e enganoso. Ao procurar chamar a atenção para uma séria tendência em direção ao pensamento errôneo entre os crentes, eles mesmo caíram no erro e no pensamento distorcido. Em seu esforço de expor o pensamento falho por trás de muitas coisas na psicologia moderna, eles reuniram uma série de citações e opiniões negativas que nem sempre podem ser suportadas pelas Escrituras. Na afirmações deles de que Cristo é a resposta final para os problemas da vida, eles estão corretos. Em sua tentativa de considerar a maioria desses problemas como pecado voluntário, eu creio que eles foram longe demais. Quando eles negam que existam coisas como pensamentos e motivos inconscientes, eles estão errados, pois a Palavra de Deus claramente reconhece que pode haver pensamentos e motivos inconscientes que governam nosso comportamento. Eliú pôde aconselhar Jó a orar: "O que não vejo, ensina-me tu" (Jó 34:32). Ao reconhecer a possibilidade do pecado operar inconscientemente em si, Davi pôde dizer ao Senhor: "Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos" (Salmos 139:23). Em outro lugar, ele pôde dizer: "Quem pode entender os seus erros? Expurga-me tu dos que me são ocultos" (Salmos 19:12). Novamente, quando eles sugerem que o crente é chamado para estar ocupado com Cristo em vez das dores que ele experimentou no passado, eles estão certos. Quando eles dizem que feridas emocionais passadas realmente não têm influência em nosso comportamento no presente, eles estão errados. Ao procurar expor um erro, eles próprios caíram no erro do lado oposto. É triste dizer, mas o homem é propenso a fazer isso em muitas áreas.

Tudo isso, então, levanta a questão: "A psicologia está sempre totalmente errada?" Por definição, a psicologia é o estudo do comportamento humano. Isto inclui coisas como testes de Q.I., avaliação de diversos tipos de personalidades, reações de indivíduos a diversas forças em seu ambiente, e as diversas maneiras pelas quais o comportamento pode ser modificado. O crente pode prontamente ver que a psicologia não pode ser vista como uma ciência do mesmo modo que, por exemplo, o estudo da química, pois envolve uma dimensão espiritual assim como uma dimensão natural. Aqui novamente temos uma área em que as Escrituras devem ser a autoridade final. Nas Escrituras, Deus explica a natureza do homem e seu comportamento, enquanto na psicologia, o homem observa padrões, faz suposições, e talvez aprende algo, mas de uma maneira limitada. No entanto, a psicologia nunca chegará à completa verdade sobre a questão, pois esta requer a revelação divina. Nas Escrituras, Deus afirma as relações que Ele estabeleceu e o comportamento moral que é requerido que o homem possua: na psicologia, o homem tenta explicar o comportamento sem uma base determinada de moralidade. Nas Escrituras, Deus revela o que fará o homem feliz, e por quê; na psicologia o homem procura descobrir o que fará o homem feliz, e falha. As Escrituras revelam que a causa raiz da maioria dos problemas comportamentais do homem é o pecado e suas consequências; a psicologia, em geral, não usa a palavra "pecado" em seu vocabulário.

Por outro lado, é, às vezes, útil entender por que um indivíduo reage de uma determinada maneira, mesmo que de um ponto de vista natural. Por exemplo, suponha que uma adolescente fuja de casa. Muitos fatores podem estar envolvidos, e precisamos deixar claro que não estamos de forma alguma justificando sua fuga. Pode haver mais de uma razão dela ter escolhido sair de casa, mas sabemos que em muitos casos é por que sua mãe abdicou de seu papel adequado como cuidadora e dona de casa, forçando, assim, a garota a tomar uma responsabilidade para a qual ela não está pronta, tornando-a ressentida. Chame isso de psicologia ou do que você quiser chamar, mas um entendimento desse modo de comportamento é, às vezes, útil ao lidar com a situação, e para auxiliar aqueles diretamente envolvidos. Muitos outros exemplos poderiam ser dados de comportamento que é, afinal, pecaminoso, mas que tem suas raízes em várias forças que agiram sobre o indivíduo. Isto de modo algum desculpa o pecado, mas talvez forneça uma base para o auxílio no alívio dos fatores que possam ter influenciado o mau comportamento.

Sugerimos que não é a psicologia, em si mesma, que é tão errada, mas sim a base na qual o comportamento é interpretado e tratado. Não é errado reconhecer certos padrões de comportamento que ocorrem como resultado de determinados eventos e relacionamentos que podem ter moldado o indivíduo, mas sugerir que os pensamentos do homem deveriam tomar o lugar das Escrituras como o remédio é um erro sério. Quando o humanismo secular e o pensamento da nova era são a base sobre a qual o comportamento humano é abordado, o homem torna-se o foco de seu próprio pensamento, e Deus é deixado de lado. O resultado é, por um lado, uma irresponsabilidade moral e uma desculpa para a conduta pecaminosa, enquanto por outro lado o tratamento de tal comportamento tende a ser baseado na autoajuda e no conceito de autoestima. Esta assim chamada liberdade de pensamento não está vinculada a qualquer verdade, nem conhece a verdade, e põe em dúvida toda a verdade. Tal abordagem põe o homem no centro das coisas, e é finalmente destrutiva, pois a incredulidade produzida pela confiança no homem o força a voltar-se para a superstição. Infelizmente, a psicologia moderna é tão crivada dessas ideias que é difícil separar as duas coisas.

Considerações sobre o Tratamento

Onde tudo isso nos deixa então? Mais uma vez somos lançados de volta para o Próprio Senhor, que sozinho pode dar sabedoria em qualquer ocasião. Assim como às vezes precisamos de um médico para doenças físicas, assim podemos precisar de um psiquiatra para uma doença mental, particularmente se a medicação for necessária. Escolhemos cuidadosamente um médico para nossas necessidades físicas, e devemos ser ainda mais cuidadosos ao escolhermos um psiquiatra. De quanta ajuda é quando é possível encontrar alguém que conhece o Senhor, e que assim está preparado para tratar o paciente em todos os sentidos. Mas nem mesmo o melhor dos psiquiatras é capaz de tomar o lugar do pastor de verdadeiro coração.

É impressionante que Carl Jung reconheça que coisas como fé, esperança e amor sejam necessárias para a cura das pessoas, e que ele ainda reconheça que nenhum sistema de pensamento humano poderia supri-las. Apenas ao conhecer o Senhor Jesus como Salvador e ao andar com Ele essas coisas podem ser uma realidade em nossa vida. Devemos também ter em mente que, enquanto outros podem ser úteis ao indicar alguém na direção correta e talvez dando-lhe discernimento quando à natureza da dificuldade, no final apenas o próprio indivíduo pode realmente lidar com sua necessidade espiritual na presença do Senhor.

Consideremos agora uma disciplina aliada, mas bem diferente, que é a psicologia.

Remédios e Moralidade

Talvez alguns perguntarão: "Por que então alguns crentes tem tais sentimentos negativos sobre os psiquiatras, e são tão fortemente contra seu papel na vida dos cristãos?" Primeiramente, devemos nos lembrar do que foi dito anteriormente, a saber, que drogas psicotrópicas não possuem efeito moral. Elas capacitam o cérebro a funcionar de modo mais normal, mas não podem melhorar nada além do que é físico (o cérebro). Lidaremos mais a fundo com este assunto em uma seção subsequente. Em segundo lugar, enquanto o psiquiatra pode certamente fornecer cuidados de apoio e de psicoterapia, ele não pode lidar com o aspecto espiritual da doença mental a menos que ele próprio seja um crente no Senhor Jesus Cristo. 

Enquanto a medicação e a psicoterapia humana possa fornecer algum alívio temporário, elas normalmente não fornecerão uma solução permanente para o problema, porque há questões espirituais que precisam ser abordadas. O comportamento pode ser explicado e talvez justificado como sendo a manifestação da doença (Enquanto os psiquiatras raramente referem-se a um certo comportamento como pecado, eles costumam dizer que "isso é apenas comportamento", o que significa que é uma ação voluntária, e não uma manifestação de uma doença mental em particular). Certos comportamentos podem ser reconhecidos como prejudiciais, mas o ponto de referência tenderá a ser o homem. Assim, o comportamento pode ser considerado prejudicial para ele próprio ou para os outros, mas geralmente não é visto como um pecado contra Deus. Finalmente, deve-se reconhecer que o relacionamento entre o paciente e o psiquiatra é, por necessidade, muito íntimo. As informações mais privadas e detalhes delicados da vida da pessoa podem ter de ser expostos, e, como tal, o psiquiatra se encontra em uma posição de ter que direcionar a terapia e talvez moldar o pensamento do paciente de um modo que poucos outros teriam a oportunidade de fazer. A maioria dos psiquiatras, reconhecendo a importância das convicções religiosas de um paciente, normalmente não dariam conselhos contrários a elas a menos que percebessem que tais crenças estivessem no caminho de uma resolução do problema. É fácil ver, no entanto, que tal opinião seria baseada na própria percepção que o psiquiatra tem da situação, e se for baseada na sabedoria do homem e não na de Deus, pode muito bem vir a ser contrária às Escrituras. Devemos nos lembrar que "o temor do Senhor é o princípio do conhecimento" (Provérbios 1:7), e isso em qualquer assunto moral e espiritual: nosso pensamento é errado a menos que seja firmado na Palavra de Deus. Que possamos sempre nos lembrar da afirmação em Isaías 8:20: "Se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não há luz neles". Se o homem deve ter uma verdadeira compreensão de si mesmo, ele deve começar com respeito ao Senhor, e reconhecendo que o Senhor o fez, e é a quem ele é responsável.

Assim não devemos confiar na sabedoria do homem, seja por meio de drogas ou psicoterapia, para curar problemas espirituais. Em vez disso, eles devem ser encarados na presença do Senhor. Até mesmo homens incrédulos reconheceram isso. Considere as seguintes observações do Dr. Carl Jung, um contemporâneo de Sigmund Freud:
"Eu gostaria de chamar a atenção para os seguintes fatos. Durante os últimos trinta anos, pessoas de todos os países civilizados da terra me consultaram. Eu tratei várias centenas de pacientes... Dentre todos os meus paciente já na segunda metade da vida -- ou seja, com mais de trinta e cinco anos de idade -- não houve um cujo problema, em última instância, não fosse o de não ter encontrado uma visão religiosa da vida...
"Parece-me que, lado a lado com o declínio da vida religiosa, as neuroses crescem visivelmente com maior frequência...
"O paciente procura por algo que tomará posse dele e dará significado e forma à confusão de sua mente neurótica. O médico seria páreo para a tarefa? Para começar, ele provavelmente entregará seu paciente ao clero ou ao filósofo, ou o abandonará à perplexidade que é o tom especial de nossos dias... O pensamento humano não pode conceber qualquer sistema ou verdade final que possa dar ao paciente o que ele necessita de modo a viver: que é fé, esperança, amor e discernimento..."* (grifos são do autor deste livro)
{* Jung, Carl G., Modern Man in Search of a Soul. (Harcourt, Brace & Co., New York, 1933), pg. 260-262}

Carl Jung claramente reconheceu a necessidade religiosa de muitos de seus pacientes, e de fato, dentro da faixa etária que ele menciona, todos eles evidentemente sofriam de uma falta que nenhum homem ímpio poderia suprir. É possível que o psiquiatra seja um homem mundano sem entendimento da nova vida do crente em Cristo, ou pior ainda, ele pode até mesmo possuir sentimentos ateístas e anticristãos, como Sigmund Freud, a quem já mencionamos. Em tais casos, o psiquiatra (talvez com boas intenções) pode vir a dar conselhos e fazer sugestões que são contrárias à Palavra de Deus, e que, se seguidas, podem causar verdadeiros danos ao cristão. O pensamento humanístico que coloca o "eu" no centro de nossos pensamentos permeou nosso mundo nos últimos quarenta anos, e precisamos estar em guarda contra isto. Que possamos estar mais familiarizados com a Palavra de Deus, que coloca Cristo no centro de todas as coisas!

domingo, 7 de janeiro de 2018

Administrando Remédios

Há muitos cristãos sérios que foram grandemente ajudados após consultarem um psiquiatra, e que agora encontram-se capazes de levar vidas normais como resultado de um programa de tratamento cuidadosamente monitorado que pode incluir medicamentos psicotrópicos. Até mesmo as visitas feitas pelo doutor de tempos em tempos pode fornecer apoio de alguém que conhece e entende, que é capaz de discutir e aconselhar, e se necessário manipular medicamentos que atinjam o efeito adequado. Assim como, por exemplo, o diabético precisa de insulina ou medicamento oral monitorado e ajustado periodicamente, assim também o indivíduo com uma doença mental de longo prazo precisa de alguém que desempenha esse papel. O psiquiatra é necessário em muitos casos, pelo menos para iniciar tudo isso. Às vezes um médico da família pode fazer alguns desses diagnósticos e prescrições, e podem certamente monitorar um paciente quando um regime e tratamento foi estabelecido.

Drogas Psicotrópicas

Além disso, houve grandes passos feitos, durante os últimos cinquenta anos, na pesquisa e desenvolvimento de drogas psicotrópicas. Começando com a descoberta do lítio e da clorpromazina na década de 1950, os últimos cinquenta anos têm testemunhado o desenvolvimento de uma miríade de novas drogas que revolucionaram o tratamento de distúrbios mentais. Antes da década de 1950, a maioria dos indivíduos seriamente perturbados tinham de ser tratados em instituições, às vezes com portas trancadas, janelas com barras, e, algumas vezes, com restrições físicas. (O tratamento do esquizofrênico paranoico na seção "Esquizofrenia e outras Condições Psicóticas" é um exemplo disso). Hoje em dia a maioria das admissões psiquiátricas são breves, com um rápido retorno à vida em comunidade. Muito dessa mudança é o resultado de melhores drogas para o tratamento de doenças mentais, e aqui o psiquiatra é necessário, pois apenas ele saberá como prescrever e supervisionar o uso dessas drogas. É fácil perceber que tais medicamentos devem ser prescritos e administrados por um médico capaz de apreciar as indicações para eles, assim como a dosagem adequada, os efeitos colaterais, e a interação com outras drogas. Do mesmo modo, alguém que é treinado a reconhecer e classificar distúrbios mentais pode diagnosticar melhor um problema em particular e iniciar o tratamento. 

Como um médico, o psiquiatra é treinado para investigar as variadas causas dos sintomas que ele enxerga, e após juntar as informações, decidir que formas de tratamento serão úteis no caso particular. Ele é treinado para reconhecer diferentes forças na vida do indivíduo, e a integrá-las com a hereditariedade, personalidade, experiências e crenças da pessoa. Então ele tenta mapear um regime de tratamento que pode incluir terapia de apoio e drogas, assim como ajudar a dar ao paciente uma melhor visão sobre o que ele pode fazer para aliviar seus problemas.

Reconhecendo Sintomas

Como muitas coisas na vida cristã, o equilíbrio é necessário em nosso pensamento, assim como a sabedoria que vem ao termos a mente do Senhor. Vimos que o espírito, alma e cérebro humano podem ser perturbados por fatores que vão além do nosso controle, e que algumas pessoas possuem uma tendência constitucional a desenvolver a doença mental. Padrões anormais de pensamento e comportamento podem ser estudados, categorizados, e então reconhecidos no indivíduo pelo sintoma particular que ele apresenta. Tais coisas como esquizofrenia, transtornos de ansiedade, transtorno bipolar e transtornos de personalidade podem ser reconhecidos e rotulados quando os sintomas próprios se apresentam. Os nomes aplicados a tais distúrbios podem variar de cultura para cultura, e a causa atribuída a diferentes coisas, mas o padrão geral da doença mental é muito similar em várias partes do mundo.

No que diz respeito ao diagnóstico, a psiquiatria e a psicologia não podem ir além da observação e classificação de tais padrões de comportamento, além de talvez associá-los, em alguns casos, a fatores no ambiente do indivíduo, ou reconhecer que um desequilíbrio químico particular no cérebro pode ser uma causa contributiva. No entanto, é bom ser capaz de rotular o problema do paciente, para ser capaz de reconhecer o padrão daquela doença em particular, e para ter alguma ideia da severidade disso. O psiquiatra pode ser útil em tudo isso.

O Psiquiatra

A mera menção da palavra "psiquiatra" evoca reações variadas e às vezes muito emocionais da parte dos crentes. Alguns crentes, especialmente aqueles que já tiveram um amado ou bom amigo que foi beneficiado pelo tratamento psiquiátrico, respondem muito positivamente. Outros, que associam a profissão às teorias de pessoas como Sigmund Freud e Carl Jung e com todas as demais ideias anticristãs recuam com horror de que qualquer crente pudesse até mesmo considerar ser tratado por um deles. É claro que existem diversas posições entre essas duas visões polarizadas.

Levando Cargas e Sendo Sanguessugas

Ao lidarmos com esse levar de cargas, devemos distinguir entre levar as cargas uns dos outros e permitir que as pessoas se tornem "sanguessugas". A palavra "carga" em Gálatas 6:2 carrega o pensamento de um estresse ou peso intolerável e pesado que se requer ajuda para ser levado, enquanto a palavra traduzida como "carga" no versículo 5 do mesmo capítulo é uma palavra diferente, tendo o pensamento daquilo que é a responsabilidade normal e própria do indivíduo. Há coisas na vida que são propriamente nossa própria responsabilidade, e que não deveriam ser empurradas para os outros. Uma sanguessuga suga continuamente a força de outro, e nunca dá nada em troca. Alguns crentes não estão dispostos a pagar o preço da oração pessoal e da disciplina espiritual de modo a manter seu bem-estar emocional e espiritual, e assim acabam continuamente se aproveitando da força dos outros. Tal comportamento representa um tomar que impede o dar, e finalmente é algo da carne. Ocasionalmente tal comportamento pode ter que ser repreendido. Mas, na maioria das vezes, aqueles com doença mental serão capazes de exercer normalmente suas funções diárias, embora possam precisar de ajuda de tempos em tempos. É um privilégio ser capaz de oferecer tal ajuda!

Podemos resumir nossas observações como segue. Da parte daquele que sofre da doença mental, ele deve estar disposto a admitir o problema, assim como no caso de doença física. Aqueles que se negam a admitir sua doença não serão capazes de ser muito ajudados. Uma vez que o problema é admitido, o indivíduo deve estar disposto a aceitar auxílio, percebendo que Deus proveu-lhe esse auxílio. É gratificante para nosso coração natural dizer: "Eu posso lidar com isso sozinho; eu não preciso de ajuda". Mas se Deus proveu auxílio para nós, que o aceitemos. Finalmente, o indivíduo deve estar disposto a ajudar a si mesmo. Auxílio pode ser necessário, mas ser capaz de lidar com isso com o mínimo de ajuda possível deveria ser finalmente o objetivo. É claro, existem doenças mentais severas nas quais isso pode nem sempre ser possível, mas deveria sempre ser esse o objetivo.

Falamos sobre terapia para a alma e espírito; agora falaremos um pouco sobre a terapia para o corpo -- o cérebro.